domingo, 12 de janeiro de 2014

sábado, 11 de janeiro de 2014

Mudança

A grande maioria das pessoas vive com sua atenção voltada para as necessidades da Personalidade. Elas buscam segurança material, prazer, poder, e o status estabelecido pelos padrões da sociedade em que vivem. Com bastante freqüência, o sentido de felicidade, para estas pessoas, está associado à comparação que elas estabelecem entre o seu padrão de vida e o das pessoas com quem convivem, avaliando o patamar da pirâmide social em que cada um se encontra, e o sucesso profissional alcançado, medido pelos bens materiais acumulados no decorrer da carreira. Este estado permanente de competição, medo de possíveis perdas e insatisfação interior, costuma ser o responsável pela maioria dos sintomas físicos, que funcionam como um pedido de socorro, para que algo seja feito em benefício do equilíbrio emocional perdido nesta busca ilusória de felicidade. Quando o sofrimento se torna insuportável, ocorre um despertar, durante o qual a pessoa se pergunta sobre o sentido da própria vida, e sobre a validade do alto preço pago pela fugaz alegria de descobrir que possui algumas coisas a mais do que o seu vizinho ou amigo. A partir deste ponto, cessa a busca da felicidade no mundo exterior, e a pessoa se volta para dentro de si mesma, tentando descobrir em que momento de sua existência deixou de ser ela mesma, para tentar atender às exigências de padrões estabelecidos pelo seu contexto social e pela opinião dos outros. Esta mudança de sentido da atenção consciente, do exterior para o interior começa então a promover a transformação de valores e de sentido da própria existência.  
Sueli Meirelles

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Sri Prem Baba

Sustentar a Luz

Se você não pode suportar olhar para a luz de uma vela, como poderá sustentar o brilho da luz do sol?
Se você não é capaz de sustentar o prazer numa relação, o que dirá sustentar a corrente cósmica de êxtase que o samadhi proporciona.
Olhar para a luz significa sustentar o prazer.
Superficialmente parece que o grande medo do ser humano é o sofrimento. No mais profundo você vai descobrir que o maior medo é o do prazer.
Prazer significa vida, vida é como a luz. E você, estando identificado com os aspectos sombrios da personalidade, identificado com a escuridão, é natural que tenha o prazer como um grande perigo porque a luz dissolve a escuridão e você vive o terror do aniquilamento.



Deveríamos evitar até as menores ações negativas e nos concentrar nas mais ínfimas ações positivas sem subestimar seu valor, pois a felicidade e o sofrimento são determinados por nossas ações. Tudo o que experimentamos é, e sempre foi, programado por nossas ações, as quais dependem de nossa atitude. O que quer que tenhamos feito ou pensado em nossa juventude provoca felicidade ou sofrimento em nossa velhice. Além do mais, o que fazemos nesta vida determina a felicidade e o sofrimento da próxima vida. E as ações deste kalpa (ciclo, período) resultarão nas experiências dos kalpas futuros. É o que entendemos por lei do karma, a lei da causa e efeito. 


S.S. Dalai Lama em "Princípios de vida".
Prática para diminuir a ansiedade


A ansiedade é sempre produzida em relação ao tempo, isto é, em relação com as preocupações com o futuro. Não podemos realmente saber o futuro, ele é somente potencial e não algo que existe realmente. Tendemos entretanto a lidar com o  futuro como uma coisa concreta, passível de ser manipulada, controlada e modificada. Isso induz à aflição e ao desconforto que caracteriza a ansiedade.

Como fazer:


Preste atenção em sua respiração e vá soltando o ar bem devagar. Não inspire profundamente pois isso poderá aumentar a ansiedade. Visualize-se entrando em um campo verde. Respirando, veja-se absorvendo a luz dourada de um sol brilhante e um azul de um céu sem nuvens. Expire soltando o ar em forma de fumaça cinza, a qual vc vê se afastar até desaparecer Deixe a luz azul circular pela sua corrente sanguínea, atingir todas as partes do corpo, até as extremidades, deixe a luz azul sair pelas pontas dos dedos, pelos poros, até circundar seu corpo com um brilho intenso azul. Veja a luz interna e externa se juntarem. Sinta que seu corpo é uma ponte que está permitindo essa ligação. Veja todo seu ser se tornando luz.
Mudras, os gestos do Yoga

Mudras são gestos realizados com a mente, as mãos, os pés, a boca, os olhos ou com o corpo todo. São muito usados no Yoga e nas danças indianas, pois fazem uma reverência a vários aspectos das divindades hindus e da natureza. Nas palavras de Caio Miranda (1962), os mudras, "encerrando um profundo simbolismo, têm por objetivo unificar dualidades, como por exemplo, unir a consciência individual à consciência cósmica, o prana solar ao prana lunar, a matéria ao espírito, etc". Os mudras não são exclusivos da Índia. São encontrados em muitas tradições espirituais do oriente e do ocidente. Os budistas, os sufistas, islamitas e também os cristãos usam os mudras, como apoio para suas orações e práticas espirituais. Os mudras são ligados ao fluxo das energias, tanto na mente como no campo energético, e fazem correspondência com o corpo físico, especialmente por meio do sistema endócrino e do sistema nervoso simpático e parassimpático. Para o físico indiano e estudioso do Yoga, Harbans Lal Arora (1999), "eles produzem efeitos fisiológicos e psíquicos benéficos, proporcionando a saúde psicossomática, o equilíbrio dinâmico e a harmonia interna".Mudra é magia ou encanto, pois, como num passe de mágica ou num encantamento, um determinado gesto corporal conduz o indivíduo a um respectivo estado de mente calma ou feliz. Assim, os mudras são também chamados gestos de poder.






Prana

Em um texto da antiga tradição do Yoga encontramos a afirmação de que “o prana é o senhor da mente”. A palavra Prana denota a energia vital, que segundo a tradição do yoga, tem como sua expressão máxima no ser humano o ato da respiração. Assim, o aforismo nos diz que a energia vital manifesta na respiração é a base da atividade da mente, e que por isso as modificações da mente são acompanhadas de modificações da respiração, e por sua vez, as modificações da respiração promovem modificações na mente.